terça-feira, 25 de junho de 2013

Em Sítio Novo o povo foi às ruas em protesto contra a administração municipal

Saúde e educação foram assuntos em pauta
A pacata cidade de Sítio Novo (MA), distante 107 quilômetros de Imperatriz, foi sacudida no sábado, 22, por centenas de pessoas que andaram pelas principais ruas com faixas e cartaz demonstrando a insatisfação com a administração pública daquele município.

As principais reivindicações foram em relação às áreas da saúde, educação e esporte. Assuntos como salários dos servidores e segurança também foram abordados pelos manifestantes.
“Tentaram desestabilizar nosso movimento solicitando cinco viaturas de polícia com o intuito de nos intimidar ainda nas primeiras horas do dia. Mas o povo sabe dos seus direitos e foi às ruas demonstrar sua revolta com o descaso que estamos presenciando aqui em Sítio Novo”. Disse Magno, um dos organizadores do movimento.

Na área da saúde um dos principais motivos de insatisfação é o fechamento do único Hospital existente no município desde janeiro deste ano pelo atual prefeito João Piquiá (PTB). Motivo pelo qual os partos estão acontecendo em cidades vizinhas como Imperatriz e Grajaú.
“Que governo é esse que tinta vale mais que professor”. Dizia um dos cartazes. Segundo manifestantes o repúdio nesse caso é o orçamento apresentado pela administração para a reforma de algumas Escolas. Outro cartaz dizia, “esporte radical não tem, mas gestor radical tem é no balde”.
Os manifestantes disseram também que a demora sem justificativa do início das atividades dos programas sociais do governo federal no município como o PETI e o PROJOVEM, seriam alvos de protestos, mas foram reiniciados na quarta-feira, 19, com cinco meses de atraso.

“Nosso movimento é pacífico, queremos apenas que o povo seja respeitado e tenha seus direitos assegurados. Não estamos pedindo favor, estamos lutando pelo que é nosso. Não é possível que um administrador depois de tanto se preparar para assumir o comando de Sítio Novo não consiga pelo menos manter o que já existia em relação a políticas publicas voltadas para o povo”. Disse o professor Jean Carlos, um dos organizadores do movimento.

Em meio a toda essa insatisfação do povo, a administração do prefeito João Piquiá ainda tem a data base estabelecida por Lei para definir os novos salários do funcionalismo público que está marcada para o dia 30 de junho. Sabe-se, no entanto, através de informações do professor Abel Marinho, presidente do SINSERPSINO – Sindicato dos Servidores e Servidoras do Serviço Público Municipal de Sítio Novo-MA, uma reunião na tarde desta segunda-feira, 24, o governo municipal através do um representante da área contábil, propôs apenas 4% e o restante a partir do mês de agosto. Segundo Abel já era esperado pela categoria reposições de 8.1% conforme inflação do período além de cerca de 12% de outras perdas que oscilam dependendo do cargo exercido por cada funcionário. “Isso é inadmissível, estaremos marcando uma assembleia geral no próximo final de semana e definiremos os próximos passos desse diálogo com o governo”.  Concluiu o presidente do Sindicato. Caso seja deflagrada uma greve dos servidores, a insatisfação do povo com o governo municipal ao que tudo indica, vai permanecer. (Por Carlos Henrique Lobato)      

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