Saúde e educação foram assuntos em
pauta
A pacata cidade de Sítio Novo (MA), distante 107 quilômetros
de Imperatriz, foi sacudida no sábado, 22, por centenas de pessoas que andaram
pelas principais ruas com faixas e cartaz demonstrando a insatisfação com a
administração pública daquele município.
As principais reivindicações foram em relação às áreas da
saúde, educação e esporte. Assuntos como salários dos servidores e segurança
também foram abordados pelos manifestantes.
“Tentaram desestabilizar nosso movimento solicitando cinco
viaturas de polícia com o intuito de nos intimidar ainda nas primeiras horas do
dia. Mas o povo sabe dos seus direitos e foi às ruas demonstrar sua revolta com
o descaso que estamos presenciando aqui em Sítio Novo”. Disse Magno, um dos
organizadores do movimento.
Na área da saúde um dos principais motivos de insatisfação é
o fechamento do único Hospital existente no município desde janeiro deste ano
pelo atual prefeito João Piquiá (PTB). Motivo pelo qual os partos estão
acontecendo em cidades vizinhas como Imperatriz e Grajaú.
“Que governo é esse que tinta vale mais que professor”. Dizia
um dos cartazes. Segundo manifestantes o repúdio nesse caso é o orçamento
apresentado pela administração para a reforma de algumas Escolas. Outro cartaz
dizia, “esporte radical não tem, mas gestor radical tem é no balde”.
Os manifestantes disseram também que a demora sem
justificativa do início das atividades dos programas sociais do governo federal
no município como o PETI e o PROJOVEM, seriam alvos de protestos, mas foram
reiniciados na quarta-feira, 19, com cinco meses de atraso.
“Nosso movimento é pacífico, queremos apenas que o povo seja
respeitado e tenha seus direitos assegurados. Não estamos pedindo favor,
estamos lutando pelo que é nosso. Não é possível que um administrador depois de
tanto se preparar para assumir o comando de Sítio Novo não consiga pelo menos
manter o que já existia em relação a políticas publicas voltadas para o povo”.
Disse o professor Jean Carlos, um dos organizadores do movimento.
Em meio a toda essa insatisfação do povo, a administração do prefeito
João Piquiá ainda tem a data base estabelecida por Lei para definir os novos
salários do funcionalismo público que está marcada para o dia 30 de junho.
Sabe-se, no entanto, através de informações do professor Abel Marinho,
presidente do SINSERPSINO – Sindicato dos Servidores e Servidoras do Serviço
Público Municipal de Sítio Novo-MA, uma reunião na tarde desta segunda-feira,
24, o governo municipal através do um representante da área contábil, propôs
apenas 4% e o restante a partir do mês de agosto. Segundo Abel já era esperado
pela categoria reposições de 8.1% conforme inflação do período além de cerca de
12% de outras perdas que oscilam dependendo do cargo exercido por cada
funcionário. “Isso é inadmissível, estaremos marcando uma assembleia geral no
próximo final de semana e definiremos os próximos passos desse diálogo com o
governo”. Concluiu o presidente do
Sindicato. Caso seja deflagrada uma greve dos servidores, a insatisfação do
povo com o governo municipal ao que tudo indica, vai permanecer. (Por
Carlos Henrique Lobato)
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